Eu estava preso na prisão do Mongaguaba.
Não porque eu fui ruim.
Não. Eu até era bom.
Isso de ser bom ou ser ruim não entra no julgamento da lei, a lei dos homens julga o que se faz, e eu fizera o mal, por isso eu estava ali.
Estava na prisão com mais 77 companheiros e todos como u tinham algo de bem, muitos bons mais...Por uma falha, haviam praticado o mal.
Um dia nos reunimos em grupo, para pensar.
Para pensar na prisão de Mongaguaba e com embelezar esta prisão. Paramos para pensar e o pensamento brotou e embelezou a prisão:
As celas de cores lindas, os canteiros bem floridos e um lago artificial, bem no centro do jardim.
Como era linda a nossa prisão.
É... Era linda. Os visitantes gostavam delas.
E o Edu pensou, e o Alexandre pensou e eu pensei... E está linda prisão.
Mas, nós que embelezamos a prisão... Continuamos prisioneiros. Prisioneiros?
Mas porque? Nos éramos livres. Sim livres dentro de nosso ambiente.
O que é muito justo. Todo mundo sem restrições á sua liberdade.
Cada um é livre somente no que é seu.
E nós éramos livres na prisão.
Nos trabalhávamos, dialogávamos, pensávamos. Nos dormíamos e nos alimentávamos.
E éramos livres.
E porque éramos livres, de novo nos reunimos, e o Dudu falou, o Nelson falou, o Carlão falou, eu falei... E todos falaram.
E todo mundo concluiu:
“Cada um é prisioneiro de si mesmo”
Não adianta embelezar a prisão é preciso mudar o ser.(céliagimenez)
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